Espaços sensoriais: quando a arquitetura envolve todos os sentidos

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Um espaço é muito mais do que apenas sua imagem. Suas texturas, cheiro e som podem influenciar diretamente na experiência do usuário. É neste sentido que pensar uma arquitetura sensorial pode ser fundamental para que a interação existente entre as pessoas e o ambiente construído seja ainda mais profunda.

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Pavilhão CO2 em Pequim / Superimpose Architecture. Foto: © Beijing Shardisland Technology Co., Ltd.

Aconchego, calor, limpeza, conforto, surpresa. Sentimentos que derivam de um espaço que se preocupa com todos os sentidos. Além da temperatura do ambiente, a textura da madeira ou o uso de cores quentes (amareladas) colaboram com uma sensação mais acolhedora. Se o concreto é visto como um material mais frio, é possível quebrar essa impressão ao trazer plantas, cores contrastantes e outros elementos para o ambiente. As possibilidades são infinitas, por isso, elencamos alguns aspectos que podem ser pensados para que seu projeto transcenda o óbvio e traga uma boa sensação para o usuário.

Veja também: Tocar, sentir, cheirar: desenvolvendo arquitetura para os sentidos

O que os olhos veem, o coração sente!

Compreender o papel que a luz desempenha é fundamental, pois o ciclo circadiano - ou o ritmo biológico - deve ser levado em conta no momento de pensar o conforto do usuário. Para isso, pensar a forma com a luz natural entra no espaço ou como o projeto de iluminação irá dispor suas cores e focos é fundamental, afinal, esses fatores são responsáveis por melhorar os níveis de humor e energia, afetando diretamente na concentração, o apetite, a disposição, etc.

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Second Dome / DOSIS. Foto: © Iwan Baan

As cores também devem ser levadas em conta, uma vez que causam uma grande influência na forma como nos sentimos no espaço. Para além do clássico vermelho/quente e azul/frio, veja aqui as associações emocionais de diversas cores e seus diferentes efeitos conforme cada uma é usada no espaço arquitetônico.

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Centro de Congressos e Auditório de Plasencia / Selgascano. Foto: © Iwan Baan

Quando o espaço canta

Além das questões acústicas e de isolamento, pensar o som de um ambiente pode agregar diferentes sensações para tal. Playlists de mindfulness trazem uma sensação de tranquilidade, músicas mais agitadas podem trazer euforia. Mas, se formos mais engenhosos, é possível fazer com que a própria arquitetura faça som. Um exemplo brilhante é o "Órgão do Mar", em Zadar, na Croácia: composto por uma rede de tubos de polietileno e cavidades ressonantes que emitem sons conforme as ondas e o vento que batem na costa, com trinta e cinco tubos individuais com um comprimento total de setenta metros, é o maior aeródromo do mundo. 

Outro exemplo é a instalação Airship Orchestra, composta por 16 esculturas infláveis que possuem um sistema interno totalmente conectado por sensores de movimento, permitindo que seus personagens respondam aos transeuntes; comportem-se como um coro e "componham" uma partitura nova a cada noite.

Um cheiro marcante

Quem nunca sentiu um cheiro e automaticamente se imaginou num ambiente da infância? O cheiro carrega uma profunda memória emotiva e nos ajuda a se situar no espaço. Pensar como os aromas podem marcar um lugar e trazer caráter a ele pode ser uma ferramenta para que as pessoas recordem do espaço de um outro modo que não apenas o visual. Aqui vale imaginar um paisagismo no qual as flores podem exalar diferentes cheiros - para não citar o cheiro da própria terra -, espaços no qual aromas artificiais são colocados ou, até mesmo, uma cozinha mais aberta ao espaço público, levando o cheiro das comidas para além de seus limites.

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Pavilhão Egaligilo / Broissin. Foto: © Alexandre D’ La Roche

Não é arte, é arquitetura. Toque à vontade. 

As superfícies depisos, paredes e móveis, como as temperaturas do ambiente, umidade e a ventilação, definem boa parte do conforto em relação ao tato. Afinal, uma cadeira de metal pode trazer aspectos muito interessantes, mas pode ser gelada e desconfortável dependendo do clima, ambientes quentes podem se tornar mais aprazíveis e lúdicos com a presença de um vaporizador, o vento numa cortina que pode transformar um ambient e convidar ao toque. Enfim, trazer materiais maleáveis ou dispositivos que propõem uma maior interação com o ambiente pode ser um bom caminho para aqueles que buscam trazer essa relação mais física entre o corpo e o espaço. 

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Você sempre desejou …? / M@ STUDIO Architects. Foto: © Peter Bennetts

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Sobre este autor
Cita: Equipe ArchDaily Brasil. "Espaços sensoriais: quando a arquitetura envolve todos os sentidos" 19 Set 2021. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/967851/espacos-sensoriais-quando-a-arquitetura-envolve-todos-os-sentidos> ISSN 0719-8906

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